inapta a viver de cabeça leve

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

o barco e o acaso

um barco de papel, o acaso.. ele o leva, afinal, o barco não tem vela, não tem ancora, ele depende do vento, da chuva, do acaso dos fatos. e o futuro.. Quem sabe o que vai acontecer, como vai acontecer e onde? Ninguem. Ou seja, não só o barquinho de papel como todos nós estamos aqui estamos destinados ao acaso. 'O acaso do erro', o acaso do acerto, o acaso do encontro, e quem sabe até do desencontro, o acaso do amor, o acaso do odio, o acaso pode nós deixar tão só, e pode nos deixar tão juntos. O acaso é o acaso, e me chama atenção por nunca dar aviso prévio das coisas, ele simplesmente faz o barquinho tomar o rumo que ele quiser e no final a gente sempre entende porque ventou em determinada hora, porque choveu em determinada noite, porque o barquinho quase quase afundou algumas vezes. O problema do barquinho de papel é que ele se desfaz com o tempo, ele rasga depois de tomar chuva, depois de tomar muito sol, depois ele acaba afundando, o papel acaba desfazendo, afinal, ele não é feito pra durar muito. E nisso a gente também não diferente do barquinho, com o tempo acabamos ficando mais frageis, mais velhos e morremos, e também não somos feitos pra durar muito. As marcas das gostas da chuva marcam o barquinho mesmo depois de seco, as cicatrizes de tristezas ou de machucados nos marcam seja por dentro ou por fora. Alguns barquinhos afundam ou rasgam mais cedo que outros, de novo pela simples obra do acaso, de ter deixado a chuva cair bem na hora certa, o vento bater bem no exato segundo, o que for pra ser será. seja com o barquinho, seja com a gente, seja comigo, seja com o desenho...Porem, não é por que o tal do acaso existe que devemos sentar e esperar que tudo nos venha a mão, ' e assumi que o mundo não me deve nada e o que eu quiser vou ter que ir buscar' o acaso só nos traz problemas, surpresas, pessoas, e não tudo de bom ou de ruim, viva, afinal, não fomos feito pra durar muito e assim como o barquinho um dia vamos afundar e rasgar e acabou e esse dia chega mais cedo do que pensamos, a vida é curta demais. Só precisamos aprender a viver e apreciar as coisas que o acaso nos trás, apreciar o barquinho de papel que é uma coisa tão simples, mas que pode render sérias felicidades a alguém que daqui uns anos vai abrir uma caixa deles e se lembrar de como o acaso foi bom com ela.





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