inapta a viver de cabeça leve

domingo, 27 de janeiro de 2013

vidas interrompidas, futuros que não vão existir e eu não sei como é a sensação de perder alguém assim porque FELIZMENTE não tinha nenhum conhecido ou amigo ou parente no meio da tragédia, mas não consigo deixar de pensar em quantas pessoas estão nesse momento chorando e pior, se sentido sem um pedaço.
Não sei porque mas ando pensando muito no mundo ultimamente, sabe? Nunca fui de ser assim, mas pensa, nesse momento tem milhões de adolescentes como eu, sentados em seus quartos vivendo sua vida normal e escrevendo em suas redes sociais com o seu pijama e os que morreram na noite passada talvez estivessem fazendo isso se não tivessem tido suas vidas arrancadas pelo fogo e pela fumaça daquele lugar ou pior não tivessem sido obrigados a permanecer onde sabiam que iriam morrer pelos seguranças que estavam impedindo pessoas de sair pela porta porque não haviam pagado as comandas.
eu li dezenas de textos durante o dia, li coisas que me fizeram sentir desespero em imaginar a cena e o que as pessoas que estavam lá e morreram viveram nos seus ultimos segundos e me fizeram refletir seriamente no que as pessoas que estavam lá e sobreviveram vão pensar e fazer agora. Vi um garoto dizendo que pisou em pessoas desmaiadas pra sair de lá e que depois de um tempo todos que ele via saindo pela porta estavam mortos.
Eram só jovens tentando ter uma noite diferente, é como se eu, agora, saisse por essa porta procurando sorrisos e conversas e não voltasse nunca mais, deixasse minha vida pra trás e morresse em desespero. Não sei se isso os faz pensar em coisas tão tristes quanto eu, mas sei lá, realmente me senti mal com toda essa história e imaginei o quão sofrido deve estar sendo pra quem conhecia alguém que estava lá.
Não quero fazer disso um texto pra ganhar likes ou comentários ou visualizações, então foda-se, vocês sabem de que eu to falando, não preciso colocar o local, não é um texto pra ser achado na busca de informações do google sobre tal acidente.

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