inapta a viver de cabeça leve

terça-feira, 29 de outubro de 2013

a culpa É das estrelas

Hazel Grace, 

oi, é. Você não é de verdade, talvez o texto devesse ser escrito para John Green, mas eu prefiro a moça parecida com a Natalie Portman de bochechas grandes e cabelos curtos que falava sobre os tamanhos diferentes de infinitos que existem por ai.

Você nem existe, mas vamos fingir que sim. É sobre você não querer ser uma marcas como o Gus, mas ser.

Ele morreu, parece cruel, mas você gostava de quem não tinha dó sua doença, então eis minha opinião sincera: Ele morreu e foi ótimo, nenhum amor puro como o de vocês se manteria até o tal envelhecer, o seu infinito ilimitado pequeno te fez viver melhor que muito gente com um infinito gigante.

Você morreu depois da carta? Acho que sim, é o que você imaginava que tinha acontecido com a Anna, mas fico feliz se tiver morrido de fato, conseguiu ler o que Gus meio que deixou pra você sem ser pra você, leu seu elogio funebre pouco antes de morrer, teve Um Ultimo Dia Bom sendo o Seu Ultimo Dia de fato.

Ele fez uma cicatriz em você, não como uma tatuagem, não como marcas fisicas, interna, ela durou pouco já que morreu um pouco depois... Mas existe algo que ele gostaria mais de saber do que saber que também fez em mim? Estranho o infinito ilimitado pequeno de vocês ter virado o de tanta gente.

Será que alguém já pensou em mandar cartar pro John que nem faziam com o Peter, não acho que o John é um bebado solitário grosso que teve uma filha como eu. Álias, meu infinito não é pequeno, pelo menos não que eu saiba, na verdade, eu só não to morrendo e sei disso.

Desde que li a última palavras na Maldita Ultima Folha não consigo parar de chorar e pensar em milhões de coisas que não se diz ou se escreve pra ninguém.

E eu vou continuar aqui, com muito coisa pra viver.

Tô fazendo como aquele povo que ia na internet deixar as condolencias pra alguém que nem conhecia? Preciso te dizer, em outro mundo paralelo, no meu, realmente fazem isso, já cansei de ver, consigo sentir teu nojo algumas vezes, tudo tem um ar falso.

Eis minha carta como a de Augustus, meio confusa e embaralhada, mas que vai deixar cicatriz. Eis minha tentativa de dizer a você, Hazel que não existe, que gostei que você morreu e que você fez uma cicatriz em mim e que se você não estiver assim tão morta, eu é que não vou até o John perguntar... Não tenho um Desejo e nem cancer terminal, ironico... mas você ia gostar.


Com Risada Divertidas de alguém que existe para Alguém Que Não Existe e está num lugar com Algo melhor com A maisculo,


Letícia.

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