inapta a viver de cabeça leve

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

é o primeiro post do ano e talvez eu devesse ter coisas cheias de sentido pra dizer mas achei textos sobre mim,  eu que sempre quis ser um talvez nunca tenha dito um como eu queria, mas de outras formas eu já tive alguns.
De muitas formas o acaso foge e sempre fugiu do meu controle, esse texto é sobre quantos donos o meu acaso já teve.
Enquanto um dono (errado) do meu acaso que eu achava ter controle estava longe, de olhos fechados e coração sossegado com a impressão de ter todo o plano feito havia outras pessoas tentando roubar-lhe o acaso e no final das contas, ele nunca soube mas de todos os moços bonitos só um realmente roubou parte de tudo mas ele nem sequer ( o tal ladrão) sabe disso e nem vai saber, não importa mais.

"se ao acaso eu aparecer,
te fazer sorrir,
ou até esquecer,
te fazer dormir,
ou adormecer.
se um dia ao acaso for palhaço.
me ature e me culpe.
me cale ou me mate.
me mostre ou me esconda.
mas ao acaso sabe, que teu riso me enche,
da força que cobre o casco.
do barco de papel que fiz na alma
e por acaso teu nome em forma ocasional tornou-se.
o acaso te faria vontade,
ao acaso encontraria vantagem
ou traria coragem
um pouco porém de sacanagem
que é pra sorrir da loucura
ou da meninagem.
tu que tao bela és, com ou sem maquiagem

se o " acaso"  tem dono,
ai perdeu-se mesmo a diretriz.
porque se é tão mocinha.
com sorriso de atriz.
se o " acaso"  por acaso for de um dono único,
como ao acaso podes me roubar tão fácil.
me tira o sono, me faz de abstrato.
um sono sem rima
enquanto te imagino por cima.
quem sabe por baixo
o alto, ato de se roubar é crime.
se eu por acaso conseguir sou réu confesso, e um ladrão por acaso.
o momento é a chave para cada palavra e cada caso.
o casamento das letras, as palavras por hora e o poder do descaso
transformam em folhas, oque eram atos,
e atitudes secas, viram apenas palavras de outro outono.
seria mais fácil, viver e viver, andar sem cansar, correndo descalSo
talvez escreva errado, talvez seja por acaso,
talveS forca do habito, ou sono de fato.
talveS seja só o teu rosto,
ou carência
talvez seja a grama do quintal la fora.
ou o tom cinza do asfalto.
por acaso não cabe, dentro de uma caixa
cada palavra que te dei.
cada virgula que joguei
caso!
hoje lhe caso.
se assim o quiser, casaremos de fato.
casaremos as linhas, dum poema arriscado.
sobre uma arte na perna,
escrito " acaso"
colecionando lembranças dobrando as mudanças e me matando de vontade
de vê-la dobrando essa blusa tão escura e me mostrando a verdade
das formas que vejo, o que imagino serias?
são tantas bobagens, anota meu numero me deixe mensagens.
eu ia escrever outro pra dizer que te dei minha noite depois de 2 sem dormir.
e que preciso fazer porque eu te quero aqui
mas ganho só linhas
sorrisos tão lindos
e lavo-me ao descaso e não ganho nem pago.
escolho teus olhos.
teu riso e teu ombro
teu corpo tao lindo...a noite me encanto
mais durmo sem nada
um ritmo sem canto
um poema vazio..."

De uma daquelas paixões que nunca foram reais guardei o poema de um ladrão de sorrisos e assustador de meninas tímidas. Eu que nunca fui lá muito tímida, eu que nunca fui lá muito certa... Você (ladrão), você ( roubado) , ninguém, ninguém nunca soube de quantas paixões foram perdidas e de quão burra eu sou por achar que nunca fui um texto. Me lembro assim que meu sorriso já foi tema de alguns poemas, tristes ou feliz, já foi de algumas músicas.
De todas as paixões, poemas, conversas sobre o meu sorriso e até sobre o meu ombro ou o meu "acaso desenhado" eu sei porque nenhuma deu certo.
Me lembro de ler histórias antigas sobre meninas do cabelo colorido que não eram eu e não entender porque intensificariam tanto histórias de amor tão sórdidas, agora eu sei, todo amor é importante e válido dentro de seu tempo.

Tanta coisa casa, tanta coisa é pra ser que até me assusta e como explicar se com palavras não há sílabas ou letras que existam ou que possam ser inventadas pra que eu os faça entender que de repente eu olho pros olhos de alguém e sei que tudo era pra ser assim, sei que cada batimento do meu coração, desde o dia em que o vi pela imagem ruim do computador , é dele?  os textos não são milhares, o ladrão? já nem lembro do nome dele, mas lembrei que já tive textos, já vivi, já fui e agora eu não preciso de textos, sorrisos roubados e só de noites como a que vivi.

Leia as entrelinhas a sempre mais pra ser entendido.
E que esse seja o melhor dos anos, que eu me auto surpreenda e seja muito melhor do que eu acho que sou, a vida não espera.




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