inapta a viver de cabeça leve

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

De volta ao lugar onde tudo começou a dar errado.
O caminho que fiz com você, no seu colo no onibus.. agora fiz em meio a risos desesperados e casos de amores adolescente contados e alto e bom tom. Aquele medo de perder o ponto que sempre acontece agora foi maior porque não tinha ninguém responsavel e serio que cuidasse de mim mas a sensação não foi assim tão ruim.
Desci do onibus e de repente eu tava de frente pro mesmo lugar que você me deixou pra ver um show e começou ali toda aquela confusão. Naquele mesmo local da calçada onde você tinha me dado beijos e se despedido, naquele mesmo local da calçada onde um moço alto tinha trocado alguns sorrisos simpáticos comigo, ali naquele mesmo local da calçada... eu tava ali, parada e perdida no meio das lembranças quando todos os meus pensamentos foram interrompidos pelas risadas cheias de vida das minhas amigas.

Entrando pela mesma sala onde tempos atrás tive uma conversa calorosa com o meu maior ídolo sentei no sofá e analisei o ambiente voltando nos meses e pensando em quanta coisa tava entre a gente agora. O moço que estava sendo esperado passou rapidamente dando um cumprimento geral e não me senti euforica, me passou um frio pela barriga de medo de tudo ter se perdido no meio dessa minha confusão com você.
A mesma moça que passou orientações da última vez me passou as mesmas dessa vez em meio a sorrisos mais animados, talvez todo mundo tivesse mais feliz mas eu tava mais observadora e menos euforica.

Algum tempo depois foi a hora de entrar, nos posicionamos cuidadosamente na mesma posição da última vez e percebi como o mundo da voltas. Agora eu estava ali, no mesmo local, com as mesmas pessoas, vendo outro alguém que eu tanto admirava...há quase dois anos atras eu via o mesmo moço em outro local, com outra cor de cabelo e fazia o papel de pessoa mais sem noção do mundo, aquele tipo de fã que hoje em dia eu tenho horror. Há 4 anos atras eu nunca imaginaria viver tudo aquilo. Da ultima vez que estive ali eu ainda tinha uma aliança no dedo.

A música alta invadiu aquela sala cheia de gente apreensiva e chegou nos meus ouvidos como se fosse a melhor coisa que podia me acontecer, as notas entraram pelo ouvido e preencheram o meu coração. Ali eu lembrei como eu me sentia antes de tudo, me lembrei do real motivo de gostar daquilo. Aquele som alto que certamente causaria irritação em alguém que certamente não precisasse daquela revolução interna que tava rolando em mim e de repente escutei um "Isso tá muito alto, tá machucando meu ouvido" gritado nos meus tímpanos e eu apenas sorri, afinal, só me entenderiam na base de mimica e eu sinceramente não queria me desligar da sensação da música me invadindo.

E por belos minutos eu consegui me esquecer da distancia que todo aquele momento em meses atras tinha me trazido, conseguir esquecer de toda a confusão. Mas no momento em peguei no celular pra registrar em fotos minhas toda aquela felicidade que a música me invadindo me causava eu lembrei dos olhares trocados e sorrisos correspondidos e percebi que mesmo sem saber tudo começou ali e eu achando que era só simpatia de ambas as partes.

Sai de lá e fui comer algo na padaria ao lado, me lembrei do porque eu não tinha feito o mesmo da outra vez e das fotos que tirei no final do evento. Eu não tive culpa sobre isso e na verdade esse nem foi o real motivo de tudo por mais que pareça pra todo mundo.

Não que eu quisesse pensar em você a cada música com "não vai voltar" que ele cantava, mas era aquele tipo de coisa que o subconsciente (desgraçado, lazarento subconsciente) provoca, parece que a palavra  volta me remete imediatamente sua imagem.

Não sei o porque de mais um texto, mas é que o local me remeteu você e tudo o que havia acontecido, tive algumas conversar sobre a minha paixão descontrolada que não durou muito e descobri que não sou a única que sofri com os encantos do moço tão bem apessoado. Tenho culpa porque "mesmo em face de maior encanto dele se encante mais meu pensamento" mas ao mesmo eu não tinha ideia do final que isso ter, se tivesse, naquela sexta -feira, 3 de agosto, teria feito outra coisa.


eu ia tirar a franja do rosto se iso explica a minha cara


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