inapta a viver de cabeça leve

segunda-feira, 28 de abril de 2014

eu sei, é um doce te amar, amargo é querer-te pra mim!

Quanta complicação e quanta falta de paciencia.

domingo, 27 de abril de 2014

Os labirintos da vida.
Sai da minha casa na quinta-feira as pressas depois de chegar da escola e ir almoçar, fui trabalhar já um tanto quanto euforica. Chegou a hora e eu estava atrasada, eu corri, subi aquela rua correndo, num desespero tão tremendo que a tempos não sentia. Eu cheguei lá e meio sem querer tinha companhia, me posicionei em um lugar que logo te vi, e você gritava e sorria e isso me preenchia e me fazia sorrir e gritar mais alto.
Achei ter sido vitima de um recado, mas era só ilusão. Acabou e olhei feliz pro seu lado, esperando o momento de correr e fugir dos meus amigos pra ganhar aquele abraço que era o único motivo de eu estar ali. Mas quando você virou pra trás, alguém te deu a mão... Sabe aquela imagem das torres gêmeas (não ri) caindo quando o avião bate nelas? Foi assim!
"Viu, bem feito" foi o que eu ouvi, senti vontade de chorar, mas eu só conseguia pensar que eu tinha entendido tudo errado e que você tava melhor agora com a moça do coturno bonito.
Sai, você tava lá sentado com a sua companhia e por algum acaso maldito (ou bacana demais) você estava em todo lugar que eu estava.
E uma hora, eu sai correndo, cheguei a dois passos de você e voltei...a menina não tinha culpa que a gente tinha a história de amor mais resolvida do mundo.
Desci pro metro e é, você tava lá. Você apontou, riu, fez graça. Te odiei como odiava antes, senti vontade de sair do metro e ir correndo atrás de você até ver sangue, mas ai olhei pra você fazendo aquilo... blusa verde, chinelo branco, boné pra trás. Isso era tão você, tão bobo, tão engraçadinho.. e lá estava chorando outra vez.
Cheguei em casa triste o bastante pra rasgar todos os barquinhos e queimar na atitude mais burra da minha vida, já que ficou um cheiro de queimado insuportavel no quartinho inteiro.
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Os labirintos da vida.
Eu fui sozinha, porque é assim que eu sou. Você foi sozinho, porque é assim que você é.
Nem sempre foi assim. Existiu um tempo em que nós não éramos "ninguéns", você era meu alguém, eu era seu alguém.
Como as coisas são complicadas, amor. Se tudo só precisasse de amor já estariamos casados e acho que você não tem duvida disso!
Algum tempo atrás, sentados no mesmo lugar, não eramos namorados por causa de alguma briga idiota e você disse "tem uma coisa no seu olho, fecha pra eu tirar" e você me beijou.
"não, você não vai nesse trem" e você me beijou.
Quantas vezes a gente chorou no meio da rua por sermos tão complicados e nos amar tanto?
Eu sinto sua falta, brigada por ser tão você, eu te amo e o acaso vai se encarregar dos encontros.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

As coisas sempre passam mais rápido do que eu possa acompanhar, já disse isso milhares de vezes.
Eu não sei muito bem sobre o que falar, mas sei que preciso ( como sempre, der).

Sabe aquela rotina que eu não suportava? Que eu enchia o saco pra fazer qualquer coisinha diferente e você falava que gostava daquela certeza do domingo, daquela "comodidade" e eu achava entediante? Sinto falta.
Estranho como não conheço mais tanta gente.

Uma vez eu conheci um cara, ele era meio maluco, eu não entendia as piadas dele, ele tinha uma vida meio estranha... sempre estávamos juntos e ele mentia umas coisas que não faziam sentido, eu não sabia onde ele morava direito, não sabia nem ao certo a idade dele. Ele tinha uma mania esquisita de dançar em público e fazer piadas que me assustavam, ele tinha umas histórias estranhas que num geral não faziam sentido, mas eu ria bastante. Ele tinha um tênis vermelho com umas coisa de oncinha, eu achava meio estranho.
Uma vez ele tirou uma foto com as minhas duas melhores amigas, e meu deus, ele parecia tão lindinho naquela foto. Ele tinha o olho de várias cores, não era verde, não era azul, não era castanho. Era uma cor legal, diferente.
O tempo passou e começou uma onda de todo mundo ter tecnologia, uma coisa de necessidade de se auto divulgar e tudo mais e ele tocava, desenhava, escrevia... Mas ele não ligava, ele era tão ele. Ele não ligava pro mundo ao redor, não ligava pro que tava acontecendo, não ligava pra ninguém e ele tinha uma opinião tão estranha e pessoal sobre as coisas e isso era tão legal. Ele era tão engraçado, cheio de histórias, incrivelmente imprevisível e misterioso, passei tanto tempo sem entender nada. Ele dizia que podia passar um mês sem internet e celular e de fato podia! Algumas vezes era até dificil encontra-lo porque ele era tão desligado e indiferente com o resto do mundo inteiro que acaba vivendo naquele mundo magico que só ele entendia. Eu amava isso, amava o jeito que ele era tão estranho, amava não entender nada, amava quando ele me achava maluca por não entender nada, amava quando ele dançava em público, amava a forma como ele fazia eu passar vergonha em público, amava a risada meio boba dele, amava quando ele enrolava pra me falar alguma coisa importante, amava como ele sabia tanta coisa que eu não sabia, amava o jeito que ele me olhava, amava quando ele me abraçava, amava como ele era totalmente sem sentido, amava como eu me apaixonava por ele e queria negar, amava me segurar pra não ligar pra ele, amava ficar com vergonha quando tinha que ligar, amava quando ele me mandava sms pra falar nada.
(...)
Não conheci um cara, ele era tão raso, estranho e distorcia histórias. Ele odiava as lembranças e apagava artes antigas, ele elogiava pessoas e dava em cima abertamente, ele chamava de linda quem ele mal conhecia e esquecia de dizer isso pra ele amava a um tempo atras. Não conheci um cara, que fazia graça pra rirem, que não escrevia mais textos, que não era mais assim tão apaixonante e não comum, agora ele parece com todo mundo, tão vazio e igual.
Eu não me salvo, também fiquei igual, deve ter sido culpa de ter DESconhecido ele. Eu não entendia tantas palavras dificies, não entendia um monte de metáfora, não sabia andar sozinha por ai, nunca tinha pintado o cabelo, não tinha muita vida antes. Eu era tão eu, tão feliz sem motivo, tão sem noção em 90% das vezes, mas eu andava com meu jeans e meu moletom, meu cabelo sem pentear, meu all star riscado..