inapta a viver de cabeça leve

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

chorar não adianta nada, eu não sou igual a eles mas no final é todo mundo igual
Ando tão decepcionada com tudo que a minima maré menos ruim eu já acredito ser a salvação, mas não é, não vai existir maré boa que me salve.
Eu não sou assim, eu não penso assim, eu não quero assim e sempre vou ser do mesmo jeito.
Talvez eu me apaixone rápido demais, busque algo realmente bom pra preencher o vazio enorme de dentro de mim que nunca foi totalmente preenchido, mas não é uma opção, eu sou assim, movida à paixões.
De várias formas você tenta me afetar mas ninguém te contou que já não tem mais nada pra me tirar.
Quando eu sonho ter encontrado alguém, o tal principe, é uma mentira, sempre assim.
Quantas foram as paixões por pessoas que nem existem? As mais sérias foram exatamente 3 e a decepção foi absurda. Fora aqueles que eu nem sei mais julgar, tipo você.
 Me atinge, vai fundo.
Talvez existem pessoas QUASE boas o bastante pra ocupar o espaço mas dai, eu não sou boa o bastante pra ocupar o espaço delas.
É facil falar da desgraça alheia, rir do que não é com você e acima de tudo abandonar quem fica triste demais ou precisa de mais apoio que você, no final.. sou só eu.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014


uma camiseta comprada no shopping penha em março de 2011, uma estampa que trás rostos conhecidos, um chaveiro de coração de alguém tão meiga, um coração amassado, um botão pra uma coleção que nunca existiu,  duas moedas pra minha vó, um tamagochi chamado Enzo, um filtro de cadé pra eu aprender a fazer, uma musica rascunhada, um barquinho de papel com o numero '1000', um envelope com explicações e um plástico que tinha uma ovelha de chocolate branco.

uma abelha, beeskul


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

há muito mais que um plano de fundo e uma foto diferente. De repente estar de baixo do mesmo céu que outras pessoas não me consola mais.

"você já está adoçada de versos"

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

pela frestinha da janela posso ver o céu mudando de cor e clareando meu quarto. Posso ver aquele degradê, azuis de tantos tons que eu tanto amava ver e nos últimos tempos não via. Lembrei da última vez que vi com atenção o amanhecer e me apaixonei de novo por ele... Era época de tcc, eu tinha ido dormir as 2 horas e acordado as exatas 5 e meia da manhã pra fazer ficha técnica da monografia, ainda tava noite e eu nem tava com sono pra ser sincera, mal conseguia descansar quando lembrava que faltava uma semana pra ter aquilo em mãos e eu tinha tanta coisa pra fazer. O dia foi amanhecer depois que minha mãe já tinha saído pra trabalhar, era terça-feira então ela tinha rodízio o que a faz sair bem mais cedo do que o normal. E eu fiquei ali no sofá, olhando o céu e querendo não chorar por estar tão cansada e tão desesperada com o fim daquilo tudo.

Lembrando de dias em que vi o sol nascer lembro do ano novo de 2011 pra 2012 onde eu tentei ver mas não vi nada por ser distraída demais. Lembro do dia em que dormi na Mariana e rimos a noite toda o que nos deixou agitada o suficiente pra não dormir antes de virar dia. Lembro do sorrisos da Bianca quando era umas 7 da manhã e eu tava deitada num colchão na sala e ela chegava tentando não me acordar e deitando do meu lado e quando eu falava 'oi, não dormi ainda' ela ria, aqueles risos que estavam segurados por conta da felicidade que você sente que a pessoa tá segurando pra não deixar transbordar.

O cheiro de 2009, por algum motivo todas as meninas que eu conhecia da mesma idade que eu usavam um perfume da capricho. Senti esse cheiro e me voltou toda aquela coisa de querer pintar o cabelo e minha mãe não deixar, de chorar vendo  clipes, de ficar brava porque minha mãe achava que não podia sair todo final de semana, de ter que voltar antes das nove. O cheiro do cabelo repicado, da maquiagem preta, das mil pulseiras e all star, das unhas curtas e pretas.

Quanta coisa acontece, quantos amigos ficaram pra trás.

Andei pensando em formas de conhecer alguém novamente, esquecer coisas que já passaram num nível tão sério em que você pudesse realmente se abrir pra conhecer alguém tudo de novo. Percebi que talvez agora eu seja alguém pra algumas pessoas conhecer de novo. Estranho como não sou mais a menina do cabelo laranja, como não sou mais quem só usava uma camiseta preta, como não sou mais quem usa moletom e calça jeans larga.
Me disseram " Eu sinto falta da Letícia menino, daquela meio boba, de dente torto, moletom e blusa preta, sinto falta disso e não da que tem blog de moda e é toda mulher e bonita"
Nesse tempo eu me perdi, o melhor que eu já fui não tem a ver com a tinta colorida do meu cabelo e nem com nada disso, tem a ver com o que eu era.. tão desprendida de tudo e tão presa ao que interessava de verdade. Talvez seja confuso pra quem não me conheceu naquela época e não viu como TUDO mudou desde então.
Mas me sinto feliz, finalmente percebi que tudo mudou mas tenho o MEU caminho. "Você é uma esponja", sou, meu deus, eu realmente sou. Tudo à minha volta é absorvido, tudo do que eu vivi ficou comigo, um pedacinho da cada pessoa com quem passei algum tempo me fez, mas agora eu só quero ser eu.

De fato me tornei alguém mais crescida, meu dente arrumou, meu cabelo não chama mais tanta atenção, eu tenho mais roupas, mais sapatos e até sei fazer roupas agora. De fato eu tenho um blog e me dedico à ele e espero que ele cresça muito e com isso eu também, de fato eu quero ser muito maior que antes. Mas ainda tem muito da Letícia de antes e isso me consola, as coisas podem ser resolvidas, eis que achei a solução!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

de ímpeto

férias, sempre amei não fazer nada, especialmente depois que acabei a etec. Depois de tantas tardes agitadas e cansativas contemplar o tédio era a coisa mais maravilhosa a se fazer todos os dias.
Quando se está de férias de tudo, até das pessoas, a gente acaba passando muita tempo na companhia de si  e num geral é bom, mas estraga quando você começa a querer refletir muito.
Pra mim, essas reflexões me dão vontade de ter uma força própria maior que a normal, algum tipo de vontade elevada sobre toda e qualquer coisa que eu tiver que fazer.
Na verdade, me dá a sensação de qual talvez eu seja realmente maior do que tudo, de que eu realmente possa andar pelas ruas com um olhar perdido e uma mochila nas costas atrás dos meus sonhos... sozinha.
Estar sozinha... a gente acostuma no final das contas. Eu me senti sozinha por um tempo considerável num passado não tão distante. Estar sozinha literalmente é muito melhor do que estar no meio de uma multidão mas se sentir completamente avulsa e largada num mundo tão gigante sem nenhuma sustentação real.
Acho que pior do estar avulsa e largada é de repente estar olhando pra quele monte de gente passando do teu lado, do nada, de repente não tem mais ninguém segurando sua mão, de repente.. na verdade, será que nunca ninguém esteve realmente com os dedos bem apertados nos meus esperando quando a tempestade passasse? Bom, na primeira chuva que deu todo mundo foi embora com a água na vala da rua.
Já existiu outros dias onde eu me fechasse nesse mundo onde eu observo a vida lá fora, pela janela do meu quarto cheia de gotinhas da chuva de verão, mas, dessa vez, o mundo é outro.. ou talvez as pessoas que me deixaram sejam diferentes.
Sobre estar sozinha.. o costume, ele resolve tudo.
Sobre a impressão de ser maior, vamos aos testes. Viver sozinha, afinal, não deve ser assim tão ruim.
É impossível viver só sorrindo. É impossível viver só, sorrindo.
Talvez a frase certa seja a primeira.
Mas pera, da pra realmente viver SOZINHA, bom.. não. Mas acho que é humanamente impossível sobreviver a uma vida sem nenhuma relação social, se até o the sims precisa conversar com os vizinhos porque eu não precisaria? Mas a parte mais estranha de estar sozinha, gostar\odiar isso é porque ser maior está relacionamento direcionado com viver\não viver sozinha. Não to falando sobre viver OU não viver sozinha, estou falando de viver sozinha E não viver.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

é o primeiro post do ano e talvez eu devesse ter coisas cheias de sentido pra dizer mas achei textos sobre mim,  eu que sempre quis ser um talvez nunca tenha dito um como eu queria, mas de outras formas eu já tive alguns.
De muitas formas o acaso foge e sempre fugiu do meu controle, esse texto é sobre quantos donos o meu acaso já teve.
Enquanto um dono (errado) do meu acaso que eu achava ter controle estava longe, de olhos fechados e coração sossegado com a impressão de ter todo o plano feito havia outras pessoas tentando roubar-lhe o acaso e no final das contas, ele nunca soube mas de todos os moços bonitos só um realmente roubou parte de tudo mas ele nem sequer ( o tal ladrão) sabe disso e nem vai saber, não importa mais.

"se ao acaso eu aparecer,
te fazer sorrir,
ou até esquecer,
te fazer dormir,
ou adormecer.
se um dia ao acaso for palhaço.
me ature e me culpe.
me cale ou me mate.
me mostre ou me esconda.
mas ao acaso sabe, que teu riso me enche,
da força que cobre o casco.
do barco de papel que fiz na alma
e por acaso teu nome em forma ocasional tornou-se.
o acaso te faria vontade,
ao acaso encontraria vantagem
ou traria coragem
um pouco porém de sacanagem
que é pra sorrir da loucura
ou da meninagem.
tu que tao bela és, com ou sem maquiagem

se o " acaso"  tem dono,
ai perdeu-se mesmo a diretriz.
porque se é tão mocinha.
com sorriso de atriz.
se o " acaso"  por acaso for de um dono único,
como ao acaso podes me roubar tão fácil.
me tira o sono, me faz de abstrato.
um sono sem rima
enquanto te imagino por cima.
quem sabe por baixo
o alto, ato de se roubar é crime.
se eu por acaso conseguir sou réu confesso, e um ladrão por acaso.
o momento é a chave para cada palavra e cada caso.
o casamento das letras, as palavras por hora e o poder do descaso
transformam em folhas, oque eram atos,
e atitudes secas, viram apenas palavras de outro outono.
seria mais fácil, viver e viver, andar sem cansar, correndo descalSo
talvez escreva errado, talvez seja por acaso,
talveS forca do habito, ou sono de fato.
talveS seja só o teu rosto,
ou carência
talvez seja a grama do quintal la fora.
ou o tom cinza do asfalto.
por acaso não cabe, dentro de uma caixa
cada palavra que te dei.
cada virgula que joguei
caso!
hoje lhe caso.
se assim o quiser, casaremos de fato.
casaremos as linhas, dum poema arriscado.
sobre uma arte na perna,
escrito " acaso"
colecionando lembranças dobrando as mudanças e me matando de vontade
de vê-la dobrando essa blusa tão escura e me mostrando a verdade
das formas que vejo, o que imagino serias?
são tantas bobagens, anota meu numero me deixe mensagens.
eu ia escrever outro pra dizer que te dei minha noite depois de 2 sem dormir.
e que preciso fazer porque eu te quero aqui
mas ganho só linhas
sorrisos tão lindos
e lavo-me ao descaso e não ganho nem pago.
escolho teus olhos.
teu riso e teu ombro
teu corpo tao lindo...a noite me encanto
mais durmo sem nada
um ritmo sem canto
um poema vazio..."

De uma daquelas paixões que nunca foram reais guardei o poema de um ladrão de sorrisos e assustador de meninas tímidas. Eu que nunca fui lá muito tímida, eu que nunca fui lá muito certa... Você (ladrão), você ( roubado) , ninguém, ninguém nunca soube de quantas paixões foram perdidas e de quão burra eu sou por achar que nunca fui um texto. Me lembro assim que meu sorriso já foi tema de alguns poemas, tristes ou feliz, já foi de algumas músicas.
De todas as paixões, poemas, conversas sobre o meu sorriso e até sobre o meu ombro ou o meu "acaso desenhado" eu sei porque nenhuma deu certo.
Me lembro de ler histórias antigas sobre meninas do cabelo colorido que não eram eu e não entender porque intensificariam tanto histórias de amor tão sórdidas, agora eu sei, todo amor é importante e válido dentro de seu tempo.

Tanta coisa casa, tanta coisa é pra ser que até me assusta e como explicar se com palavras não há sílabas ou letras que existam ou que possam ser inventadas pra que eu os faça entender que de repente eu olho pros olhos de alguém e sei que tudo era pra ser assim, sei que cada batimento do meu coração, desde o dia em que o vi pela imagem ruim do computador , é dele?  os textos não são milhares, o ladrão? já nem lembro do nome dele, mas lembrei que já tive textos, já vivi, já fui e agora eu não preciso de textos, sorrisos roubados e só de noites como a que vivi.

Leia as entrelinhas a sempre mais pra ser entendido.
E que esse seja o melhor dos anos, que eu me auto surpreenda e seja muito melhor do que eu acho que sou, a vida não espera.